quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Medo

Ás vezes tenho medo! Temor do faço, do que não faço, da pessoa que sou e muito pavor do que sinto e que não queria sentir, mas o medo que tenho de mim, não se compara ao terror daquilo que vejo tantas vezes, em tantos momentos - a pobreza - Pessoas pobres, de poucos recursos, não no sentido material da palavra, mas pobres por aquilo que fazem os outros sentir. Uma pobreza de espírito inigualável, onde aqueles que "conhecemos" e aqueles que "desconhecemos"  não são quem imaginamos, mas são exatamente aquilo que conhecemos como medo. E não há como tirar esse sentimento coração.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Liberdade consciente ou inconsciente


Liberdade consciente ou inconsciente? Já lá dizia o meu amigo Virgílio Ferreira "Aquilo que «actua» sobre mim só actua porque eu o escolhi como actuante. Não é porque alguém me ofenda que eu reajo violentamente, mas sim porque escolho tal ofensa como «móbil» da minha reacção. Tal escolha, porém, de um móbil, posso não reconhecê-la senão depois de se manifestar", dessa forma são normalmente as ações que dizem sobre o que realmente sou, o que escolhi sobre essa liberdade, que posso ter ou não ter. Porque a liberdade, tal como a vivemos, (e agora no pensamento de Catirolas), não é tão tão clara, ou tão de cada um, como somos levados a pensar. Somos livres, mas essa liberdade, é muitas vezes condicionada, de  forma mais ou menos consciente. 
Qualquer um é livre de ler o que acabei de escrever, concordando ou não, mas então e se eu nunca mais escrever? 

Foto: Catirolas



quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Pensamentos

Já não é 2017 «A» algum tempo (não confundir com: há algum tempo).
Vivo uma despreocupada preocupação dessas que preenche as terras por cultivar, as casas por habitar e os corações para sarar. Não é preciso destruir para construir, aposto mais no instruir.
Tenho consciência que oiço o meu próprio ruído e nessa barulheira infernal procuro tornar o ruído em música, com consciência do que a música, não é música para qualquer um, ou para qualquer lugar.
Não estou à procura de ajuda externa, procuro essencialmente força interna.
Acredito na amizade em quaisquer circunstâncias, independente do tempo ou do espaço de uma relação e amo muito os animais, muito mais que as pessoas, admiro a sua capacidade simplista de serem apenas aquilo que são. Leais e verdadeiros.
Já é 2018 «A» algum tempo (não confundir com: há algum tempo).

domingo, 14 de janeiro de 2018

Assédio

Quando buscamos companhia, mas não queremos ser acompanhados.
Parece invulgar, inquietante, incompreensível, talvez porque isto não seja mesmo para leigos. O dizer, sentir ou postar coisas apenas entendidas pelo próprio autor, e tantas vezes assim me sinto, assim me defino, assim me leio... Apaixonada por hipérboles de uma realidade pouco institucionalizada, movimentando-me aqui ali através das palavras, nem sempre na dimensão do mesmo movimento, muito menos numa orientação, orientada, não necessariamente para comunicar, mas satisfazer esse desejo de prazer que o nosso cérebro tanto busca. Eu encontro a beleza nos sons da escrita, audível, silenciosa, tímida, atrevida, onde por vezes nem tudo faz sentido, ou sentido sequer algum, mas onde tudo tem lugar.

sábado, 6 de janeiro de 2018

As malditas passas

Pode ser uma questão cultural, ou nem sequer questão nenhuma, mas será que se tiver comido as 12 passas sem pedir nenhum desejo, os desejos se realizam? 
Não entendo como é possível mesmo depois de tantos anos de experiência, a passar de um anos para o outro, ainda assim me esqueci de desejar qualquer coisinha. E a primeira semana do ano que não foi nada fácil, com tantos dias em que a vontade de tomar três comprimidos de paciência e uma dúzia de pílulas de coragem excederam todas as perspectivas astrológicas. 
A vida é um pouco como esse vestidinho que podes ou não vestir, seja por vergonha do teu corpo, por frio, ou até pela ocasião, ou a tua maneira de ser, que te o diz para não o fazeres, embora tivesses muita vontade de um dia fazê-lo. 
"In” ou "Out", triste o feliz, a questão não é saber como vestes hoje os teus sentires, mas sim como lidas com isso. 
Oh Catirolas! Mas por que razão não pediste os desejos quando comeste as passas?

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