sábado, 23 de fevereiro de 2019

To be, or not to be?


Nunca mais por aqui passei, não por não ter o que escrever (tenho tanto que escrever), mas por ter medo de o fazer. Medo destas minhas palavras, me fazerem dedilhar tudo o que na alma me vai e o coração não controla. Queria falar de amizade,  amizade. Afinal o que é a amizade quando se dela dúvida, quando nem sequer se a questiona, quando não se quer sequer saber? Não conheço amizades assim, mas conheço pessoas e o mundo é uma miscelânea, muitas vezes demasiado real para ser irreal.
O mundo é uma miscelânea de pessoas e nem sempre as pessoas são aquilo que tu gostarias que elas fossem, mas ainda assim acreditas. Acreditam? Nesse mundo, há toda uma série de obstáculos, alguns que levas uma vida inteira, sem tropeçares neles, mas que um dia aparecem para te fazerem cair. "To be, or not to be, that is the question"
Not to be. 
Por vezes é difícil seres tu, quando és aquilo que sempre fostes, mas ainda assim o pintor, o artista a quem encomendaste o teu retrato, lhe dá outros traços, lhe pinta outra cor. Um retrato que faz perder toda a essência daquilo que és. Mas a intensidade e o dramatismo é de tal forma, que apesar de não ser nada parecido contigo, o retrato vende mais, tem mais valor, do que se fosse um fiel retrato de ti.  "To be, or not to be, that is the question"
To Be.

sábado, 9 de fevereiro de 2019

Será que me é permitido sentir?

Será que me é permitido sentir?
Ás vezes gostava de ter uma pedra no lugar do coração, não me importar com as pessoas, não chorar por aí, escondida com medo de deixar passar as emoções. Gostava de não ser eu.
Sim. Não é nenhuma utopia, mas gostava de tornar o mundo, (de algumas pessoas num lugar conhecido, aconchegante, num lugar chamado lugar). 
Mas como ajudamos alguém que não quer ser ajudado? Que não quer saber?
"O mundo é feito de pessoas", digo tantas vezes, com uma força interior que às vezes não serve nem para mim própria, pessoas onde há sempre algo de bom, mesmo que esteja escondido ou camuflado. Mas será mesmo? Ou não será apenas uma ficção, criada pelo número de amigos que se consegue angariar nas redes sociais, aqueles que hoje servem para tudo, mas que amanhã, não valem sequer lá estar. E que pessoa sou eu no meio dessas pessoas? Não sei. 
A vida que levamos ou a vida que tentamos levar, até pode ser diferente da que gostaríamos de ter realmente, mas pelo menos tentámos e não é hoje que vou desistir de sentir, ainda que por vezes me seja proibido.

Foto: Internet

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