Nesse ponto feito de lugares,
onde há solidão na multidão e multidão na solidão (que não significa o mesmo), há linhas que se cruzam e se descruzam e há as outras, as que andam paralelas,
um dia, uma noite, uma vida inteira, que num acaso de emoções até se encontram, mas que em
nenhum momento se tocam, se respiram, se amam.
Nesse ponto feito de lugares,
onde há uma multidão só e uma só multidão, (que não significa o mesmo),
descobre-se que a vida é uma caixinha de pandora, onde pelo menos um dia, numa
noite, numa vida, dividida em partes, nem sempre iguais, a casualidade, ou numa versão mais
romântica, o destino, nos solta num olhar, num abraço, num adeus, numa lágrima,
num sorriso... ou em tudo isso dividido num nada simultâneo... como duas linhas paralelas que apesar de seguirem lado a lado nunca se encontram.
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