terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Sobre os cortes de financiamento ao ensino privado

Oh! Meu Deus fala-se tanto por aí de barriga cheia.
Quando eu era pequena andei numa escola que só tinha 4 classes, a primeira e a segunda da parte da manhã dada por uma professora, e a terceira e quarta da parte da tarde, dada por outra. Depois fui para a preparatória, para uma escola que ficava a 10 km de casa, e onde tinha que esperar algumas horas pelo autocarro. Na secundária também não foi muito diferente... escolas com muitos alunos, por vezes com falta de água quente e aquecimento em alguns pavilhões, com o chão a perder os tacos de madeira, e outras tantas deficiências que felizmente têm vindo a melhorar pelo país fora. Onde eu quero chegar com este discurso, é que o Estado e os contribuintes têm investido muito dinheiro para a melhoria das condições escolares, ao nível de ensino, de infraestruturas de equipamentos, e ainda bem que assim é, por isso e havendo tantas escolas publicas em condições, parece-me perfeitamente normal que o financiamento ao ensino privado seja cortado. Ainda não vi nenhum argumento forte por parte dos pais na luta por esta causa. O ensino privado é um negócio, e não faz sentido um pai ter os filhos no ensino público e como contribuinte estar a pagar para outros terem os filhos no ensino privado, na maioria só por capricho. As condições do ensino público melhoraram muito, a distância das escolas face às escolas do ensino privado andam pelos 10km, por isso não existe razão, salvo alguma excepção, para os contribuintes estarem a pagar um negócio que nem sequer pertence ao estado. E quem realmente quer que os filhos andem numa escola privada, então tudo bem, mas então que que paguem para isso, mas que paguem sozinhos e não metam o estado e o dinheiro de todos nós nessa causa.



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