quinta-feira, 31 de março de 2011

Quem será o pai da criança

Abrir a página dos classificados e classificar as pessoas pelo tamanho das letras é um passatempo cada vez mais comum; tão fácil como aceitar amigos ao acaso nas teias sociais, mas se algum dia ousarmos realmente cruzar a informação que nos mostram, acabamos por descobrir, que aquele jovem entroncado, que procura uma relação aberta de amizade, é na verdade um Tarólogo Paquistanês com Doutoramento em Corrupção Política Portuguesa, a trabalhar no governo há largos anos.

quarta-feira, 30 de março de 2011

O anel de noivado....

Por estes dias o importante é saber quando dizer quando, porque o mais provável, num dia normal, é conseguir-se o que não se quer, e de não conseguir-se o que se quer. São as Leis de Murphy a irem de encontro à astrologia política.

Estamos em crise, pede-se ajuda a todos os contribuintes, mas hoje foi oferecido ao ex-presidente brasileiro Lula da Silva, na cerimónia de doutoramento 'honoris causa', um anel personalizado de ouro português, de 19,2 quilates e com um rubi incrustado de10x12,  de 5 quilates,  por compromissos assumidos como doutor na Universidade de Coimbra. Fantástico!
A única coisa que me apetece perguntar é: quem pagou tal jóia preciosa?

Imagem: Agência Lusa

terça-feira, 29 de março de 2011

O Problema

Estou preocupada, depois da demissão de Sócrates e dos problemas financeiros de Portugal, de onde virá o dinheiro que irá financiar mais uma campanha eleitoral?
Quem pagará as canetas? Os sacos de plásticos? Os folhetos de propaganda? As tee-shirts? e até os passeios dos candidatos pelas aldeias mais esquecidas de Portugal?

quinta-feira, 24 de março de 2011

A caçada

Depois da tempestade... vem a paz de espírito, porque mais importante que a crise nacional político-económico o que me preocupa, é a crise de identidade, a crise de reconhecimento de competências, a crise do "a qualquer custo", a falta de respeito por quem tem mais que fazer do que ficar sentado a ver os comboios a passar, numa terra onde nem isso existe mais.


Foto do baú: Uma criatura doce e meiga que virou jantar num dia de fome... é macabro, mas é real.
Caçada efectuada pela "Cambalhotas", sim era um coelho, deixou-me a pele e a pata de presentes, ainda bem que já tinha almoçado.
Ao lado, a foto da assassina.

 


terça-feira, 22 de março de 2011

Emplastros

Por vezes queremos virar a página e avançar para outro capítulo, mas por mais que se desfolhe o livro, o que se segue, é sempre mais do mesmo, porque o que se tem visto ultimamente por aí, é um grupo de emplastros políticos a usarem a comunicação social para ascenderem na carreira de cromos.
O melhor era deixarem o trabalho de campo para o verdadeiro profissional.


sexta-feira, 18 de março de 2011

Os portugueses poliglotas

Dizem que os portugueses não são competitivos, que não são ambiciosos, que não têm ideias capazes de estimular a economia local. Mas isso não é verdade; são apenas teorias de maldizer de quem tem pouco que fazer e muito para fingir, afinal criticar é fácil, o difícil é apresentar ideias, concretas e exequíveis que façam realmente a diferença.





Vídeo: Youtube

quarta-feira, 16 de março de 2011

Vizinhança cruel

Há "peixe novo na Travessa", os vizinhos são novos, amorosos, afáveis, discretos, curiosos, atentos e interessantes, mas os seus donos não.
Acordam cedo, deitam-se tarde, e entre este espaço de tempo estão sempre em alerta; fazem exactamente aquilo que se espera deles, mas os seus donos não.
Ficam quietos à espera de mimos e de limpeza, ocupam um pequeno espaço de quintal, e não empurram os seus dejectos à mangueirada pela calçada fora a meio da noite, mas os seus donos sim.
Os vizinhos cresceram, e subitamente deixaram de ser afáveis, discretos, curiosos, atentos e interessantes, deixaram de ser pequenos e desapareceram, foram muito provavelmente abandonados, Mas os seus donos não, ali continuam de consciência tranquila, de quem está habituado a ter a barriga cheia e a alma vazia.

terça-feira, 15 de março de 2011

A derradeira tacada

Está bem, eu confesso, é tudo uma questão de língua afiada, porque de governo só entendo mesmo as finanças lá de casa, contudo, com algum sucesso e sem grandes derrapagens... Por isso é que entendo que no meio de medidas tão necessárias para o país, queiram, neste novo pacote incluir uma descida do IVA, no golfe, de 23% para 6%.
Ora sintetizemos: o golfe é um desporto praticado pela maioria dos portugueses, pelas classes baixa e média, logo faz sentido baixar a taxa, aliás, é tudo uma questão de justiça e de equidade social, uma vez que este desporto tem vindo a dar um forte contributo para o desenvolvimento da economia portuguesa, ao contrário das indústrias do calçado, do automóvel, dos serviços e por aí fora, que estão, muito sinceramente, fora de moda. Por fim, devemos lembrar que esta é uma medida visionária, uma vez que prevê, impulsionar o emprego em Portugal através do recrutamento de apanha bolas, de carregador de tacos e outras tantas profissões inerentes, que por falta de formação politica não me recordo. Ouvi dizer aliás, através de fonte não oficial, que já existem até algumas universidades a elaborar novos cursos para o próximo ano, com fortes saídas profissionais nesta área.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Agenda Setting

Quem diz que os nossos políticos são pouco criativos, ausentes de visão estratégica e idealmente debilitados, provavelmente não está a ser visionário...
Então não é que na mesma semana em que foram anunciadas novas medidas de austeridade (o famoso PEC 4), medidas que poderiam levar a pelo menos um mês de debates públicos, concentrar total atenção dos media e gerar fortes tumultos populares; na mesma semana em que houve a manifestação facebookiana da Geração Rasca e mais uma vez futebol a toda a hora, não é que aconteceu um terramoto no Japão seguido de Tsunami. Tragédia que obviamente aglutinou toda a atenção pública, deixando para segundo plano, os outros temas nacionais.
O que não é de estranhar é que, dadas as relações que o "nosso Sócrates" tem cimentado por esse mundo fora, tal acontecimento, seja apenas visto como uma catástrofe natural, refiro-me ao PEC 4 obviamente .


Poderão querer rever...
O post do PEC (Pequenas Extravagâncias Curriculares)


quinta-feira, 10 de março de 2011

Manifestação Facebookiana

Primeiro vieram os almoços em grupo, depois vieram as manias do sexo em grupo, mais tarde surgiram os idealistas das entrevistas em grupo, e agora vieram não sei quantos "facebookianos", impulsionados por uma música dos Deolinda, convocar uma manifestação contra a classe política, o país, e os problemas de trabalho...
O direito de expressão grupal é positivo, no entanto, temos que ter presente alguns índices de racionalidade, não nos podemos esquecer que fomos nós, que democraticamente, elegemos os nossos representantes políticos, assim como fomos nós também, que optámos por tirar cursos, desses que foram enchendo chouriços nas faculdades, sem perspectivas de carreira à vista, ou de empregabilidade.
Mesmo que os governantes tenham um papel preponderante, no sentido de canalizar os esforços para melhorar, ou piorar, a vida das suas populações, e, de actualmente vivermos numa aldeia global, em que não podemos dissociar o individual do colectivo, ainda assim, temos que ter presente, que são as nossas escolhas, que traçam os caminhos da nossa vida e não podemos atirar a culpa para os outros, sem pensar primeiro naquilo que já fizemos, no que fazemos e no que vamos fazer.
Então só assim uma manifestação fará, ou não, realmente sentido.

quarta-feira, 9 de março de 2011

As marchas do carnaval

Na ressaca do Carnaval onde as transformações efectivamente aconteceram, apesar dos prognósticos que diziam o contrário, numa observação mais atenta, tentei investigar a verdade por detrás de cada máscara, onde os rostos e os corpos assumidos em cada momento não se resumem apenas a uma imaginação volátil. Na verdade, creio que, muitos gestos, muitas pinturas e umas quantas palavras ditas pela linguagem corporal, nem sempre coincidente com o olhar mais provocador, suplicam por atenção.
O poder do carinho, do respeito e da amizade, provam, em todos os momentos, que nem sempre numa relação mais assumida, mais diária e mais cúmplice, o amor é uma fantasia esquecida, nesses 364 dias complicados em que ao almoço temos que decidir sem falhar, o que fazer para o jantar, e onde ao jantar decidimos se fazemos ou não amor ao deitar...
Foi um bom Carnaval.

Foto do baú lá de casa: Uma mascarada anónima

segunda-feira, 7 de março de 2011

A luta dos homens da luta

Finalmente temos uns representantes ao Festival da Eurovisão da Canção condicentes com o panorama actual de Portugal na União Europeia, depois do espectáculo das campanhas para as presidenciais. 

Foram eleitos (como se prevê num país democrático) pelas pessoas e não pelos especialistas da matéria, o que não deixa de ser um fenómeno socialmente interessante, uma vez que "Os homens da luta", são divertidos, controversos, animados, são uns verdadeiros cromos do teatro, mas definitivamente (no meu entender) não são músicos nem cantores profissionais, e “A Luta é Alegria”, é o espelho dessa afirmação. O que eu acho é que os portugueses, sabendo à partida, que não vencem o festival da canção (como já é habitual), procuram, com esta votação e levando este grupo, cómico, muito ao jeito do 25 de Abril, ao Festival, marcar uma posição com mensagens directas vindas do povo, a lembrar a já velhinha mas ainda assim deliciosa Festa do Avante.
Quem sabe talvez seja mesmo um presente para os “camaradas”, uma coisa é certa, com esta representação, o mais certo é os Europeus ficarem confusos, e quem sabe se na confusão eles ganham mesmo o concurso.

sexta-feira, 4 de março de 2011

O poder da sexta-feira

Hoje é sexta-feira e como tal, não vou falar de juros, nem de encontros mais ou menos escaldantes entre uma Alemã formada em Física e um português quase formado em Engenharia política. (acabei de o fazer).
Foi uma semana um pouco atribulada pelos encontros mais ou menos casuais via telefone, como aqueles miminhos da mãe recheados de comida caseira, as palavras reconfortantes de uma amizade que vaporiza o coração, ou a busca interior do prazer exterior.
Enquanto olhamos orgulhosamente para o umbigo de uma barriga mais ou menos cheia, muitos são aqueles que se esquecem que a qualidade de vida, não é o dinheiro que se tem na carteira, ou o tempo que se demora a chegar ao local do trabalho, um carro e uma casa extravagantes, ou o status profissional. A qualidade de vida é essencialmente estar próximo de alguém a quem efectivamente se pode dar um abraço sentido, numa cumplicidade e proximidade capazes de silenciar o silêncio.
Resumindo, é sexta-feira e a única coisa que importa, é sentir, quantos amigos já abraçaste, verdadeiramente hoje, de preferência sóbrio pois claro.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Vida selvagem

Somos um pouco como outros seres, gostamos de estar ambientalmente integrados:
No nosso trabalho, gostamos de ter um espaço onde o colega não esteja sempre a meter o nariz na nossa secretária, minuciosamente desarrumada, e a ouvir as conversas que temos ao telefone, mesmo quando é suposto falarmos com um cliente, em Inglês fluente (conforme consta no nosso CV), e só nos sai expressões tais como: aaaaaaaaaaaa...ok e nada mais.
Em casa, gostamos daquele canto do sofá, em que atiramos os sapatos para o ar, sem grandes preocupações gravitacionais e nos estendemos horas a fio a ver programas do tipo, pipoca, sem grande conteúdo ou valor, apenas pelo prazer da distracção, antes de alguém chegar a casa, 5 minutos depois, e nos perguntar, o que é o jantar?
Na vida social, queremos ser convidados para as melhores festas, estar sempre em cima do acontecimento, queremos estar presentes, apesar de para grande parte de muita gente, isso se resumir a ter uma página no facebook, ou em todas as que existem, pertencer a várias salas de chat, e vestir-se a rigor para aparecer "bem" à frente do computador.
Somos um pouco como outros seres, tal como este Panda, rebolando na neve artificial, criada no Zoo San Diego na Califórnia, que procura proporcionar a estes animais, condições idênticas às que teriam no seu habitat natural, neste caso da China, de forma a melhorar a sua felicidade e integração.


Foto: Karl Drilling do Panda Su Li 

terça-feira, 1 de março de 2011

To my best friend

Há amizades que são feitas de copos, de borgas e de saídas, e outras que são feitas de partilhas de risos, de dores, de cumplicidade e carinho, onde ambas podem conviver, mas não se podem comparar. Um amigo só se torna realmente importante, quando mesmo na sua ausência, longe dos nossos olhos, somos capazes de o sentir presente, e de ter a certeza que a qualquer hora do dia, ou da noite, ele estará lá sempre para nós, assim como nós também estaremos para ele. Afinal as amizades não são mais do que pequenos nadas em que cinco minutos valem mais que uma vida inteira.

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