sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Ano novo, vida da velha

Às vezes penso, "sim porque às vezes também penso". Penso que a vida nem sempre parece justa e nem sempre o é realmente, até porque o Karma tem tudo para dar certo, quando é para dar certo e tudo para correr mal, quando tem que correr e há anos assim.
"Ano Novo, Vida Nova"! Filosofias, retrospectivas, balanços,... chamem-lhe o que quiserem, se lhe quiserem chamar alguma coisa, mas a verdade é que a chegada de um novo ano, não significa uma vida nova. Sendo que em 99% dos casos, a vida será a mesma que de anos anteriores, apenas com mais ou menos impostos, mais ou menos dinheiro na carteira, se isso for importante, claro que tem a sua importância e com mais ou menos rugas. Isto é, será um ano novo, com a mesma vidinha de sempre. É por tudo isso e mais uns quantos pensamentos, que às vezes pergunto-me: porque festejamos a chegada de um ano novo, se de novo, tem apenas os números que mudamos no calendário? 

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Comidos pelo Natal

Estamos quase no Natal, é impossível não catirolar muito sobre isso. Juntar a família, todos no mesmo espaço, nem que seja apenas uma vez por ano é... um pouco como fazer um bolo, onde podemos seguir a receita à risca, passo a passo, medida a medida, tempo a tempo e ainda assim e apesar de ter tudo para dar certo, algo corre mal. Ou aquela receita, que resolvemos «interpretar» e utilizando os ingredientes, disponíveis na despensa lá de casa, resulta no melhor bolo, que algum dia fizemos, mas que ainda assim ninguém quer sequer provar.
Para este e para todos os dias da nossa vida, não há receitas ou fórmulas mágicas, há apenas pessoas, com todas as suas perfeitas imperfeições, imperfeitamente perfeitas. Se cada um de nós conseguisse entender isso, talvez um dia, não fossemos «comidos» pelo Natal, na sua plenitude da palavra.
Foto: Catirolas

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Entedimento


O conhecimento, o que é o conhecimento? Percebo mais de entendimento do que conhecimento. Não é por ser inverno e por termos por hábito, escondermo-nos em muitas camadas de roupa, mais do que as que tivéssemos vestidas, num dia quente de verão. Por vezes... "como posso dizer isto de uma forma simples". As pessoas, as que conhecemos, as que pensamos conhecer, as que gostaríamos de conhecer, as que nos são completamente desconhecidas. As pessoas, mostram melhor o que são naquilo que trazem vestido, do que naquilo que dizem, e não falo de roupa e muito menos de palavras. É esse entendimento que troco por conhecimento. 

Sinto-me tão pequena, quando, vencendo o sol na madrugada, se levanta sem medo, com saudades de saudar quem encontra pelo caminho, quando acha o caminho.
Não é fácil fazer das palavras, as palavras dos outros, transmitir os seus sentimentos, quando sentem, ou, quando se recusam a sentir, mas é muito mais difícil, quando sentimos e não devemos mostrar esse sentir.


Foto: Catirolas

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