quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Considerações: Ano Novo! Ano Velho!



O ano novo caminha a passos largos. Daqui sensivelmente a três dias, quatro para alguns, dois para outros, depende do lugar onde se está física e espiritualmente, lá estaremos em 2017. Em jeito de balanço, 2016 foi um bom ano?

Tendo em conta o tempo que se teve, ou que não teve para realizar a vida, (parvoíce, pois temos exactamente o mesmo, essa sensação de ter ou não ter depende apenas do que escolhemos fazer). 
Querer, projectar e agir de acordo, são as esperanças, que ano após ano, depositamos no novo ano, normalmente apenas lembradas a poucos dias desse fim que antecede o inicio.
O meu ano, que ainda não acabou, foi um ano de construção, mas creio que tem sido assim sempre. Mudar, construir, começar. Nada fácil, uma luta constante entre o que desejo, com o que posso, ou realmente consigo. 
Tantas vezes me apetece desistir! Principalmente quando olho para a frente e o caminho apresenta-se sempre cheio de buracos... e nem sempre a vontade de os tapar é constante e consistente.
Se gostava que o virar de mais uma página do calendário, não fosse uma superstição, que houvesse realmente magia? Claro que Sim!
Mas tal como esse ambiente festivo onde se carrega o realizar de todas as promessas, onde se renova a vontade, eu sei que o segredo para a receita dessa magia, é sobretudo viver e agir de acordo com o acreditamos, uns dias melhor, outros pior, nessa vontade que vive em nós, independentemente do dia ou da época do ano. 
Conseguir?! Nunca se sabe onde e como fica o amanhã.
Tentar? Sim. Todos os dias. 





quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

O que fizemos nós ao Natal?

O que fizemos nós ao Natal?
A poucos dias da noite da consoada, dessa reunião com os amigos e familiares mais queridos, que todos os anos nos garantem a renovação da gaveta onde mora a roupa interior:, cuecas, meias e pijamas. (Que até adoro receber, apesar da ironia).
Em contagem decrescente também o mundo parece cada vez entrar numa ordem decrescente ou decadente... cada vez mais.
Um camião que atropela pessoas, um lunático que dispara por entre a multidão, um suicida que se faz explodir... Enfim, a lista é extensa, complexa e não vale o protagonismo, mas ainda assim e no meio de tanta barbaridade, custa-me admitir e reconhecer que o mais doloroso, o que me assombra o coração por estes dias e noites, é sentir!
O que mais me magoa, não é esses danos físicos e sim o que vai diretamente a tudo aquilo com o qual não concordamos, que vivenciamos e que nada podemos fazer. O que parece difícil de apagar, ou de esquecer, são as atitudes, as ações e as vontades. O fazer o mal olhando a quem... E a poucos dias do Natal é essa imagem que fica no meu coração e que me tem feito chorar bastante, todos os dias! Muito difícil de esquecer!
Sejam bons para os outros que serão, seguramente, muito melhor para vocês!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Nuverinhando

Pela beira da estrada, nessa terra que parece inteira, mas que é repartida entre dois concelhos, outrora ligados por uma memória burlesca, uma velha arrumada ao seu bordão de ouro passa devagarinho. O arrastar dos passos não faz, ao contrário do que se poderia pensar, (a)divinhar a sua idade, nem o bordão de ouro que vai nuverinhando a sua passagem, a condição de mulher. Pobre? ou rica?
Ricos são aqueles que partiram e me deixaram aqui? Vai murmurando por entre um ladear de palavras pouco meladas. "Os ricos", no tremor da sua voz, são os parentes que vieram buscar tudo o que de valor a "velha" tinha... há muitos anos. Tantos que já se esqueceu do tempo e dos tempos das coisas. Não há dias contados, não existe Páscoa e muito menos Natal. A vida (des)enrola-se como se estivesse presa a uma bebedeira de dor eterna, onde o sossego, o silêncio da tarde quase noite e o vento que não pára por ali hoje torna mais real a sua solidão... e o vento não passa por ali há tanto tempo.

sábado, 3 de dezembro de 2016

Encontros de Natal


Assim como quem espera pelas renas e pelos presentes no sapatinho, algures entre o 35 e o 36, estamos quase no fim do ano, mas antes de lá chegarmos há o Natal... 
...o que mais gosto nesta quadra,  é poder provar a quiche da Sofia, a tarte de pastel de nata e farófias de forno com leite creme da Carla, o bacalhau com natas da Sandra, o vinho da Mafalda, o frango especial da Sarita, o pão caseiro da Mena e tantas outras iguarias, de tantos amigos que me enchem o estômago de amor e me fazem subir o termómetro do açúcar, já bem adocicado pelos abraços e miminhos desta amizade, que não tem descrição... 
...o que mais amo no Natal são os encontros, com quem infelizmente ao longo do ano não me é possível estar com a frequência que desejaria e de me sentir tão amada, tão divertida... de me sentir tão especial e isso acontece sempre que estamos juntos e não apenas porque é Natal.



Kikinha em modo de festa de Natal










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Outono

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