Esta é aquela altura do ano, em que
e apesar de não estarmos ainda oficialmente em campanha eleitoral para as
próximas legislativas, (ver nota) só
ouvimos falar dela, de tal forma que não parece sequer ter sentido existir um período
para esse efeito, um pouco como os jogos de pré-época de futebol, com a
diferença de que na politica e com excepção do período eleitoral, todo o resto
do tempo parece ser sempre de pré-época. E isto acontece porque em Portugal e
na sua grande maioria as atenções parecem incidir essencialmente sobre dois
temas, a política e o futebol, ou se preferirem como dizem os brasileiros “NO
JOGO DE BOLA", que na sua essência é o mesmo: um grupo de gente a correr
atrás de uma bola, que no caso da política será o poder, tentando fintar o adversário,
com mais ou menos fair play, tentando agradar os adeptos, ou conquistar novos
(no caso da politica eleitores), com o objectivo de ganhar. Os mesmos atletas
cujos lideres (os treinadores ou os cabeças de lista dos partidos) se insultam
uns aos outros, mesmo quando não estão a jogar.
E esta matéria é de tal forma
importante que já se questiona o facto de os jogos do dia 4 de outubro, do
Porto o Benfica e o Sporting, no mesmo dia das eleições, colocarem em causa o
dever cívico de cada português e de isso fazer aumentar a abstenção do acto
eleitoral. Ora, isso é absurdo, pois os
cidadãos têm o dia inteiro para votar, haja vontade e consciência cívica para o
fazer.
Foto: De Cartoonista português Rodrigo de Matos que venceu o Grande Prémio Press Cartoon Europe com um trabalho, publicado no semanário Expresso em novembro de passado, sobre futebol e a crise económica portuguesa,
Nota: há um período de campanha eleitoral (de aproximadamente 12 dias) em que os partidos têm direito a meios específicos de campanha, nomeadamente a tempos de antena na televisão e rádio, a espaços adicionais de afixação de propaganda e à utilização de salas de espectáculo e recintos públicos;
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