terça-feira, 27 de setembro de 2016

Divagações escolares

No tempo das nossas avós, ir à escola era um privilégio que poucos podiam usufruir.
Nos tempos dos nossos pais, a ida à escola, era feita entre os intervalos das tarefas do campo e da casa, os professores eram considerados "uns seres superiores a respeitar" e a roupa e o calçado, que passava de irmão para irmão, era o único e maior bem a preservar.
No nosso tempo a escola também era diferente, não tínhamos que levar uma mochila com o dobro do nosso peso, não havia cacifos, nem telemóveis, nem consolas para jogos. Tínhamos as bolas, as fisgas e a imaginação para brincar e os intervalos eram passados com actividades físicas ao ar livre. Levávamos a roupa escolhida pelos nossos pais (com mais ou menos gosto), e as marcas era apenas uma coisa de "betinhos". Já nesse tempo existiam "tablets", mas feitas ou de chocolate, para comer, ou de ardósia, para escrever e o único perigo real, era perdemos as moedas que levávamos nos bolsos para comprar a senha para o almoço.
Nos dias de hoje não existe nada disso.... os professores são os que menos importam na "cadeia hierárquica escolar". Não existe aluno que não leve telemóvel, que não passe os intervalos e às vezes as aulas na caça aos pokemons, que não tenha portátil, "tablet", "ipad" e outras tecnologias, que não tenha conta bancária e cartão multibanco, onde é depositada a mesada e o gosto pelo estudo, pela leitura e investigação dos livros, perde-se muitas vezes na busca fácil que a Internet proporciona.
Mas no meio de tantas disparidades, a escola de hoje continua a ser como a escola de ontem, a nossa, a dos nossos pais e dos nosso avós (aqueles que tiveram a oportunidade de ir). Um lugar de primeiros/últimos encontros/desencontros que marcará para sempre uma vida.

Foto: internet

1 comentário:

Estudante disse...

Agora que penso nisso, até é estranho já não poder dizer que vou à escola :P

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