quinta-feira, 12 de julho de 2018

Emoções do quotidiano


Não estava a chover, mas o sol também teimava em não aparecer. Maria, (nome fictício) 36 anos, estava sentada, mal sentada com a postura incorrecta, segundo as normas de ergonomia do trabalho. No meio de respostas e perguntas. “Será que correu tudo bem?” Entre os emails, os escritos e as promessas, a vontade é sempre a mesma: Não é não errar, porque errar faz parte da construção, da vida. É não querer falhar. Falhar com as pessoas, a quem se dedica a maior parte do tempo. São esses sentimentos que a deixam com o nervosismo à flor da pele, o coração a acelerar e uma angústia como nome e prognóstico. Quem sofre por antecipação sofre a dobrar e este sofrimento em casos extremos pode levar ao colapso. Essa ansiedade largamente diagnosticada e acompanhada é curável, na cura... venham os ansiolíticos de paciência, de compreensão, amizade e com a germinação de uma relação honesta, com os outros e principalmente consigo mesma. 
Às vezes revejo-me na Maria, muitas vezes, talvez demasiadas até. Nesse encontro e vontade de fazer bem, o bem em todos os campos, mares e serras da minha vida. Nem sempre sou capaz… não sou de longe nem melhor nem pior, mas pelo menos sei que tentei. 
Se consegui? Se consigo? 
Não sei. Só sei que volto sempre. "Volte Sempre", há quem diga! Mesmo que muitas vezes não me apeteça.…eu volto, claro que sim. Como não poderia?! Afinal é nesse amar que me sinto viva.

Foto: Catirolas com a Pipinha

2 comentários:

magnólia disse...

Belo texto Catarina! Bjinho

Catarina Reis disse...

Obrigada pela visita e pelas palavras Magnólia. Beijinho

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