sexta-feira, 13 de julho de 2018

O dilema do Leitão


Aquele momento em que te percebes que estás na “santa terrinha”. Compras uma rifa para ajudar alguém e reparas que o primeiro prémio é um leitão vivo.

Ontem alguém me pediu para comprar uma rifa, “para ajudar nas festas do santo da terra, em plena época alta da Santa Terrinha”. E eu, como habitualmente, lá comprei. Dois euros pelo número 10 e 11. Normalmente não costumo ligar muito ao prémio, até porque nunca me sai nada. Mas desta vez… Não é que o primeiro prémio é um leitão vivo!
E se me sair? Que raio vou eu fazer a um leitão vivo?
Transformá-lo em febras? Bem, isso parece estar muito além das capacidades assassinas da Catirolas. Juntá-lo aos meus gatos do quintal? Correria o risco de se tornar numa autêntica “gatilopocilga” e lá se iam as flores do jardim, os meus canteiros de ervas aromáticas e de chá, os meus morangos, os kiwis e até o duche solar não sei se sobreviveria a tanta animação. 
Dá-lo a alguém? Fica sempre a responsabilidade, sabe-se lá para que fim. Ainda se não tivesse visto a pobre criatura com aqueles olhinhos de porquinho mal amado… Bem talvez seja melhor não pensar muito e confiar nas estatísticas e nas probabilidades. “Por favor que não me saia o Leitão”!

Imagem: Internet


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