sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

O outro lado da Onda Gigante

Como mudam os tempos. 
Antigamente a Nazaré, entre outras coisas, era conhecida, pela praia, pelas gentes e pela famosa lenda de D. Fuas Roupinho. 
Não havia excursão que se fizesse à Nazaré, que não tivesse uma visita obrigatória, ao Sitio, e às marcas do cavalo de D. Fuas Roupinho cravadas na rocha, que o impediu de cair da falésia. 
Agora não há excursão que não queira ir até ao Farol, ver as famosas ondas de 30 metros, mesmo em dias de mar calmo, sem ondas de qualquer dimensão. Já parece uma praga!
O problema é que este fenómeno está a atingir proporções tais, que a Praia do Norte e o Farol do Sitio da Nazaré, não estão preparados para receber tantos carros e tanta gente ao mesmo tempo. Os acessos são maus, estreitos, e não existem estacionamentos nem passeios.
Era importante, tanto como publicitar a terra, criar as infraestruturas necessárias e adequadas a essa promoção. Ou pelo menos já ter feito alguma coisa em termos de acessos, pois este fenómeno já tem um ano. 
De qualquer forma, o mais engraçado deste acontecimento. É ver as pessoas a ocorrerem ao local, quase como uma peregrinação, à espera, de ver uma aparição ou um milagre. (O milagre da onda gigante), mesmo que as previsões nesse dia, quase 90% correctas, apontem para um mar calmo e tranquilo cheio de surfistas na esplanada, a surfarem uma bela cerveja com espuma.

Imagem: Internet

1 comentário:

Anónimo disse...

Por vezes estamos tão vidrados na imagem que esquecemos o conteúdo. Bem visto, óptimo texto.
Carlos

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