Por mais que se deseje um cozinhado rápido e saboroso, não podemos colocar as couves na panela ao mesmo tempo que colocamos as batatas, pois o tempo de cozedura não é o mesmo.
Hoje em dia o recrutamento já não é o que era. Que se lixe o currículo a experiência profissional, os objectivos e as competências. Pouco importa o que as pessoas são e aquilo que sentem, o que é preciso é deslindar por entre o ar carregado, cansado, qual o mais desesperado. Qual o candidato, (de entre os milhares que ainda consegue encontrar forças para passar por todo esse processo, muitas vezes desnecessário e pouco produtivo, que lhe vai roubando o talento e a vontade), que está disposto a trabalhar um número máximo de horas possíveis, a um custo mínimo. Assegurar-se de que ele sabe falar Inglês, Francês, Alemão e Mandarim; que domina as técnicas mais essenciais de informática, incluindo bases de dados e programas gráficos, mas esquecendo de procurar o essencial. Descobrir onde está o tal brilho nos olhos que se foi apagando com tempo, à medida que o tempo deixou de ter sentido, não se fosse um velho novo, ou um novo velho, em principio de carreira, concorrendo a um lugar de padeiro, depois de 10 anos de formação e experiência de canalizador.
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Imagem: Tirada da Internet |
1 comentário:
Grande texto e grandes verdades. :/
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