quinta-feira, 18 de maio de 2017

Essa gente que encontro por aí


Há dias em que os apertos de mão sabem a rododendros e as emoções se misturam com: "essa não é a minha tarefa" ou um "não tomo conta de ti".
Nesse mundo de tantos desafectos, desapegos e intolerância, estamos mais preocupados com os vírus que invadem os nossos mundos informáticos, que os que invadem a nossa vida real.
Não conheço nenhuma vida, e já tenho conhecido algumas, que viva sem a amizade, o amor, ou carinho de alguém, um só que seja. E há tantas vidas assim. Histórias de abandono, de malvadez, de não vidas e de mundos cintilantes, daqueles que parecem feitos de estrelas, mas que desaparecem no céu, mal nasce o sol e o sol nasce todos os dias.
Qual é a dúvida?
Se alguém contigo fala, é porque tem algo para dizer... sentimentos perdidos nesse mundo, onde saber escutar, pedir desculpa, ou preocupar-se realmente com alguém, honesta e sinceramente, parece ser cada vez mais uma quimera... e ainda jogamos no euromilhões, ou na raspadinha, quando o verdadeiro tesouro está no cruzar de um olhar, de um sorriso, ou apenas na capacidade de se dizer bom dia e obrigado... É tão simples não é?




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