sexta-feira, 9 de junho de 2017

A complexidade da beleza

É quase sempre assim, um pouco antes de entrarmos na Sealy Season e mergulhar nesse desfilar de bronzes, enchem-se os ginásios e as ruas de corredores e desportistas compulsivos, tentando ascender a corpos perfeitos, de uma venustidade comum, exigida por multidões. "Agarrados", por um sentimento de beleza, derivado dessa ideia de putrescibilidade difícil de parar e de superar, quando o que é belo poderá perfeitamente perder-se entre o fragor do quotidiano e o fulgor de um olhar, vestido e despido pelo ritmos dos dias, em que rimos e choramos com as estórias surpreendentes, lidas para lá das entrelinhas, de algumas pessoas e de alguns animais também, que nos dizem uma coisa mas que sentem e acreditam noutra, as pessoas não os animais. E é nesse arroubo, algures entre o que se vê e o que não se vê, que se encontra aquilo que mais próximo se pode definir de belo.

“Talvez demasiado profundo e complexo para um dia como o amanhã”.

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