sexta-feira, 16 de junho de 2017

Mãos e pés


Nesse lugar, sentindo os bagos de areia nos dedos, onde as mãos procuram outras mãos para se relacionarem com os anéis, na esperança de abafar a multidão de um só e... onde os pés permanecem descalços sem nada para calçar. Há um mundo para descobrir, num caminho de terra ou de mar, mas sempre por essa estrada que segue direita ao coração.
Na falta de capacidade de ler nas entrelinhas, há pescadores que não conseguem apanhar sardinhas e por isso procuram dias melhores e roupas, vestes que sirvam nesses corpos que nada têm para vestir, mas que ainda assim se encontram povoados de sentimento, onde dizer: Volta! Parece ser muito mais difícil que dizer: Adeus!

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