segunda-feira, 11 de junho de 2018

A despedida

Tic tac, tic tac... o gosto pelas artes sempre fez parte do seu ambiente familiar, mas também a natureza e a ginástica. Correr, pular, saltar, uma constante efusão de brincadeiras, era o dia a dia daqueles cinco meigos, lindos e leais companheiros. Vê-los nascer foi das coisas mais maravilhosas a que assisti. Uma noite fria ao lado da mãe, como um apoio materno que não tem vergonha de partilhar o amor de um ser por um outro ser, que não o olha sequer assim... limitando-se a amar, sem pensamentos ou preconceitos. Temos tanto que aprender... 
Arranjar um lar sempre foi opção, para cada um deles, um lugar físico, que será um espaço diferente daquele lugar em que sempre irão habitar e a que damos o nome do coração. Sim, o meu coração será sempre a sua casa. Apesar desta dualidade de querer e não querer, eles partiram. E hoje foi o ultimo, o dia da despedida e já tenho tantas saudades dos meus tesouros da natureza.
Se chorei? Sim. 
Porquê? Talvez porque sou demasiado sensível, ou lamechas se preferirem, apesar de não deixar transparecer. Mas essencialmente porque me comove a lembrança desse amor incondicional, genuíno e sincero de quem te ama sem pedir nada em troca... 
Foto: tesouros da natureza da Catirolas

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