sexta-feira, 10 de agosto de 2018

A vida


Pára! Escuta e desolha! Sim de-so-lha, “fracturando a palavra”, primeiro de dentro para fora, depois de fora para dentro, com ou sem óculos. “Aquilo que se vê depende e muito do que se sente, não apenas do que seremos capaz de sentir, mas do que aceitamos realmente sentir. Será?”
Coincidência nos afectos, os amores também já por ali não moram não, nem os autocarros, ou as camionetas, muito menos as carroças e os carroceis, “talvez estes últimos ainda balancem em dias de festa e provoquem ali qualquer ignição”. Na generalidade e chamando os bois pelos nomes, já nenhum boi por ali se digna a parar. Por esta altura e esquecendo esse retrato, que deixa a nu todas as fragilidades ventriculares, resta a lembrança: um penico de dias vividos intensamente pela herança de alguém minguado de dotes físicos, mas muito atraente na intelectualidade do seu ser, onde sobressai essa estranha mas perfeita forma de amar “se é que existe perfeição”, um amor que tudo nega mas que tudo aceita.
Só há um caminho para a vida… a vida.

Foto: Catirolas

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