segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Filosofias


Por mais que se tente abrandar, a verdade é que o ritmo da vida, nem sempre corresponde à música que estamos a ouvir, ou que queremos escutar. Nestes dias, nem o sol faz o que lhe apetece, nem o que nos apetece podemos fazer ao sol. Prestes a corar!
A verdade é que ainda há por aí quem nos surpreenda com o seu talento, com a sua maneira de ser, com a vontade de ser aquilo que é, assumindo-se na vida, despido de comportamentos incompreensíveis, de coisas... a viver com o pensamento nessa aldeia que quer ser cidade, mas que nunca deixou de ser aldeia.
Há tanta beleza por aí! Tantos lugares, tantas pessoas, uma imensidão de companhia! Porque perdemos a coragem de ver, de sentir, de deixar os outros sentir por nós, de nos sentirem, de nos sentirem sentir, porque nos rendemos a ficar sós.
Julgamos, desconfiamos, vivemos nas entrelinhas das palavras esquecendo que por vezes, as palavras são como as pessoas, nós, aquilo que somos, onde aquilo que dizemos, ou sentimos quer dizer exactamente aquilo que lá está, sem ser preciso muita psicologia ou algum dicionário para decifrar. Não podemos passar a vida a tentar ser desumanos, ou mais cedo que tarde, acabamos por esquecer  o sentido da humanidade, a única coisa que faz sentido...corar! (não é bem isso, mas hoje pode ser)

                                     
     Roupa a corar ao sol - Foto: Catirolas




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