terça-feira, 30 de março de 2010

Não faz grande sentido…

O amor é inútil, é tolo, é inconsciente, é perturbador, … mas o amor é essencialmente amor.

Enquanto esperamos na cama, com a luz acesa porque temos medo do escuro, amarrotar o teu lado da almofada com abraços de paixão e odores de excitação; queremos gritar. A vida rompe por baixo dos escombros, a morte permanece silenciosa e a dor desprende um pó amarelo que cheira a pinheiros, mas que sabe a tarte de rododendros.
Enquanto procuramos uma mão no buraco curto da vida, ansiando por miaus de amor, respiramos saudade. Um pouco de tristeza por quem está perto e de alegria por quem longe está...Há tanto de ti em mim, e tão pouco de mim em ti, tanto… que me faz questionar as respostas e aceitar as perguntas que me direccionam sempre para um caminho de estradas sinuosas e de precipícios direitos, esculpidos ao som de uma música tocada a dois tempos. O tempo antes dos coelhinhos da Páscoa começarem a distribuição dos pacotes de amêndoas e dos ovos de chocolate pelas prateleiras dos hipermercados, e depois do Dia Internacional de Subir às Árvores (dia 28 de Março)… pois podem não acreditar, mas sem nos apercebermos, a felicidade está na certeza de estarmos perto de qualquer coisa nenhuma.

“De Perto Ninguém é Normal” Caetano Veloso "E ao Longe é o Que se Vê", por este e por outros Posts. Catirolas

1 comentário:

Unknown disse...

Muito bonito e emocionante...kisses

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