Setembro chegou, e para além das características temporais que personificam este mês e dos aniversários que preenchem a minha agenda, este é o mês que todos os pais temem.
Depois de terem gasto o subsídio nas férias, é agora tempo de virar a página do calendário, fazer contas à vida e colocar os filhos na escola.
Tudo conta no orçamento familiar, são as matrículas, as mochilas, os livros, o material escolar, as actividades extracurriculares, a alimentação, as propinas, as mensalidades, os ténis da moda, o casaco de marca, as calças fixes, enfim...e tudo aquilo a que os pais foram habituando os filhos, muitas vezes sem poderem, alguns até acumulando dívidas, só para lhes darem o “que precisam e o que querem”.
Claro que qualquer pai quer o melhor para o seu filho, mas o melhor muitas vezes não implica dar o que é superficial, o que é fútil, o que não interessa.
Claro que não se pode generalizar, mas o que se vê por aí, e tal como acontece no Natal, é que grande parte dos pais, tentam compensar materialmente os filhos da lacuna presencial a que os sujeitam o resto do ano, no sentido real de estar presente, que a maior parte das vezes, acontece em prol da carreira profissional, ou em função da desculpa da carreira profissional, apenas optam pela via mais fácil, passar o cheque e fechar os olhos e isso não é um bom prenúncio para o amanhã.
Afinal.
"Os filhos tornam-se para os pais, segundo a educação que recebem, uma recompensa ou um castigo." (J. Petit Senn)
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