sábado, 15 de outubro de 2016

Aprender

Sentado na esplanada das pedrinhas desse rio que normalmente corre de cima para baixo, mas que por vezes também escoa de baixo para cima, bebendo uma caneca de inteligência emotiva, absorvo e observo: um som pouco audível, uma visão nada coerente e um sentir intenso. Como se fosse vítima de um quadro pintado na minha vida, por um acumular de experiências anteriores.
O desafio é sentar-me com essas memórias, que vão muito para além das pedrinhas do rio, que hoje parece vir de baixo para cima e construir: fazer uma casa de amigos, abraçar um gato, beijar um cão..., ver a vida, uma vez na vida como um dueto. Abraçar essa existência, mais ou menos aquecida por cobertores em dias de inverno, em que os cobertores podem ser alguém e o inverno personifica a saudade.

Para lá desse imaginário que por vezes me consome, há uma consistência, como essa noite que acabou de dia, mesmo depois de incluir um périplo pela introspecção, demasiado longo e penoso. Procurar essa realidade por vezes pode ser demasiado forte! E das palavras que a descrevem podem nascer de sementes demasiado confusas, ilógicas, meio perdidas, onde a única certeza é a visão única que cada um tem da sua vida. Saber que é essa a diferença que faz toda a diferença na hora de viver não é fácil, mas mais difícil é não querer aprender. 

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