Porque as segundas também podem parecer terceiras mal metidas, mesmo naquele ponto onde o ponto de embraiagem roça para o obsceno, nesse segundo que pode durar uma eternidade de reflexão inflectida num universo invertido, paralelo a essa mala onde cabe um minuto de ensaio sobre a vida, mas nada sobre a morte, teorizando sobre o tempo que faz, apesar do tempo que não faz mas que devia fazer, como se o homem mandasse no tempo, e manda!
Voltando então ao problema mecânico, e ás segundas que parecem sextas, pela velocidade da vida, que não esperou passar mais devagar, nesse lugar onde as horas parecem durar segundos, os anos meses, os meses dias e a vida uma falsa eternidade, nesse quintal que me faz correr sem saber o que vou encontrar, tirando o céu que não existe, ou o chão que os meus passos insiste carregar, onde os aromas marítimos se confundem com "quentes e boas" e o coração é esse insigne espaço onde a mais pesada das criaturas pode levitar. Será que posso esperar pela próxima segunda para acordar?
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