domingo, 26 de março de 2017

O apagão da Catirolas




Há dias em que as palavras não parecem fazer qualquer sentido, nesse jogo do gato e do rato (em que o rato é que apanha o gato), numa noite de prime time, onde o que fazes é sempre mau, mas o que não fazes é igualmente aterrador. Já houve tempos em que acreditava nas formigas nocturnas, nos seus gestos, na sua boa vontade. Tempos em que a casualidade era tão real, como escrever este post em Trikini, com uma touca na cabeça e chinelos no dedo, num dia semelhante ao de hoje, sem grandes gestos e num silêncio de palavras desconfortantes, em que faz falta tanta coisa, mas ainda mais essa taça de chá de folhas verdes, e muito mais esse amigo, que coloca a água ao lume e nos aconchega, sem questionar.
Por vezes sinto falta de olhar para trás e de ficar por lá algum tempo. Saudades de ouvir musicas de antigamente, ainda que numa versão espanhola, depois da portuguesa ter sido censurada, escrutinada e amplamente criticada...Aglutinada por esse conjunto de actos, que confundimos muitas vezes por "valores", mas que parecem ser, cada vez mais, uma modernice da nossa era, vou então ouvir essa música e suspender a actividade eléctrica, ou se preferirem, desligar!

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