quinta-feira, 29 de junho de 2017

Saudades


Quando não sabemos como nem onde o que procurar, mas sabemos o que procurar... não andamos perdidos? Talvez porque a vida, ao contrário de muitos acordares, remelosos, preguiçosos, ou mais enérgicos ou alegres...Não! A vida não é hostil logo pela manhã, basta olhar para os lábios dessa boca, o ex-líbris do corpo, em que parecem escorrer beijos proibidos... e não sempre esses os melhores e os piores? Tal como um olhar, esse cartão-de-visita, onde se pode ver e sentir tudo e ainda assim nada revelar.
Uma ilusão que matou milhões de corações, libertinos libertadores, tal como estar diante de uma pessoa que queria ir dormir sem adormecer, na impertinência de um fogo incompleto, escondido no saiote dessa saia, que à mínima brisa sacode uma pessoa fascinante, nem sempre fascinável à primeira vista, mas facilmente detectável pelo barómetro do coração.
É tão difícil conjugar uma alma sensível, com a beleza de alguém, porque não há maneira de saber o que se fazer com essa beleza, esconder-lhe ou dizer-lhe? Para os mais sonhadores, provar! Degustar esses lábios que parecem escorrer beijos, adormecer nesses olhos pintados de mel, sem pensar em tocar... podendo os dedos começarem a arder, (in) suficiente para um ancorar de saudades, nascidas nesse acaso, que persiste em tornar-se num para sempre.

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