Chegaram os dias...um pouco antes dos outros, daqueles em que alma fica inundada de saudades e não é de castanhas acompanhadas com jeropiga. Falta a similitude que nos toca secretamente no coração, mas que guardamos para os dias frios, não vá ela querer sair desalmada a correr por ai, antes da hora. E não é hora para vestir mantas ou agasalhos.
Os dias chegaram, vestes uma saia, esqueces-te propositadamente da roupa interior e sais deliciosamente feliz em direcção à praia, corres para esse encontro escaldante meio permitido e pouco proibido. Abraças apaixonadamente, com esse carinho que brota naturalmente dentro de ti, o pouco que resta do sol e o tanto que sobra do mar. É quando o sol cria a ilusão de se banhar no mar, que a magia parece acontecer. Os pés descalços, meio molhados na areia não esperam vestir-se com outros, já são dois e estão muito bem um para o outro, desde que nasceram, no mesmo dia, mesma hora, oriundos do mesmo corpo.
Já é tarde. Tarde demais para ser cedo e demasiado cedo para ser tarde, para além do sol que se foi e o mar que se ficou não há mais nada: não há televisão, telemóveis ou ligações com a civilização. Mas há silêncio e tudo o que quiseres dizer sem palavras audíveis, muito baixinho quase em silêncio, secretamente, não vá a tua voz atravessar oceanos e acordar longe quem está tão perto, afinal os peixes também dormem no mar.
Já é tarde. Tarde demais para ser cedo e demasiado cedo para ser tarde, para além do sol que se foi e o mar que se ficou não há mais nada: não há televisão, telemóveis ou ligações com a civilização. Mas há silêncio e tudo o que quiseres dizer sem palavras audíveis, muito baixinho quase em silêncio, secretamente, não vá a tua voz atravessar oceanos e acordar longe quem está tão perto, afinal os peixes também dormem no mar.
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